Nikita em Design da Comunicação Visual


terça-feira, 19 de maio de 2009

Artigo sobre a cor - Pop Art, Andy Warhol e Marylin Monroe

Publicada por Nikita Silva


Pop Art      


Pop Art é o nome que se deu à tendência artística que usa objectos e assuntos comuns como latas, sanduíches, tiras de cartoons, anúncios, embalagens, cenas de televisão,  como fontes de inspiração e que foram fisicamente incorporados ao trabalho. Utilizando imagens da sociedade de consumo e na cultura popular, empregando ilustrações quotidianas e não artísticas necessariamente,  os artistas da Pop Art transgridem o sentido do fazer arte de maneira manual.     

Utilizam novos materiais, misturando fotografia, pintura, colagem, escultura, assemblage (colagem em 3 dimensões).  Colagens e repetições de imagens em série são características das obras e os temas são os símbolos e os produtos industriais dirigidos às massas urbanas: tampas de garrafa, pregos, automóveis, enlatados, os ídolos de cinema e da música, produtos descartáveis e fast food. O que interessa são as imagens, o ambiente, a vida que a tecnologia industrial criou nos grandes centros urbanos.


Andy Warhol


Andy Warhol  (1928 - 1987) foi um pintor e cineasta norte-americano, bem como uma figura maior do movimento de pop art.

Frequentou aos 17 anos o Instituto de Tecnologia de Carnegie, em Pittsburgh, hoje universidade e graduou-se em design.

Logo após mudou-se para Nova York e começou a trabalhar como ilustrador de importantes revistas, como Vogue,  Harper's Bazaar e The New Yorker, além de fazer anúncios publicitários e displays para vitrinas de lojas. Começa aí uma carreira de sucesso como artista gráfico ganhando diversos prémios como director de arte do Art Director's Club e do The American Institute of Graphic Arts.



Fez a sua primeira mostra individual em 1952, onde exibe quinze desenhos baseados na obra de Truman Capote.

O anos 60 marcam uma pico na sua carreira de artista plástico e passa a utilizar os motivos e conceitos da publicidade nas suas obras, com o uso de cores fortes e brilhantes e tintas acrílicas. Reinventa a pop art com a reprodução mecânica e com novos temas do quotidiano e artigos de consumo, como as reproduções das latas de sopas Campbell e a garrafa de Coca-Cola, além de rostos de figuras conhecidas como Marilyn Monroe,  Liz Taylor,  Che Guevara e símbolos icónicos da história da arte, como Mona Lisa. Estes temas eram reproduzidos serialmente com variações de cores.

Em 1968, Valerie Solanis, fundadora e único membro da SCUM (Society for Cutting Up Men - Sociedade para castrar homens) invade o estúdio de Warhol e fere-o com um tiro, mas o ataque não é fatal. Este facto é tema do filme "I shot Andy Warhol".

Em 1987 foi operado à vesícula biliar. A operação correu bem mas Andy Warhol morreu no dia seguinte.



É autor da frase: In the future everyone will be famous for fifteen minutes.  Que só se começou a utilizar após a sua morte, quando a produção cultural foi totalmente massificada e onde a arte é distribuída por meios de produção de massa.

Nos seus trabalhos usou pessoas universalmente conhecidas, como fontes do seu trabalho. De Jacqueline Kennedy a Marilyn Monroe, passando por Mao Tse-tung,  Che Guevara ou Elvis Presley.
A técnica baseava-se em pintar grandes telas com fundos, lábios, sobrancelhas, cabelo, berrantes, transferindo por serigrafia fotografias para a tela. Estas obras foram um enorme sucesso, o que já não aconteceu com a sua série Death and Disaster (Morte e Desastre), que consistia em reproduções monocromáticas de desastres de automóvel brutais, assim como de uma cadeira eléctrica.  


Warhol foi uma das pessoas mais chatas que já conheci, pois era do tipo que não tinha nada a dizer. Sua obra também não me toca. Ele até produziu coisas relevantes no começo dos anos 60. Mas, no geral, não tenho dúvidas de que é a reputação mais ridiculamente super estimada do século XX.”

Robert Hughes, crítico de arte, antigo cronista da revista Time

 

Marylin Monroe

Nesta obra por Andy Warhol de um retrato de Marylin Monroe é possível verificar a importância da utilização da cor na transmissão de uma mensagem. O uso de cores fortes e não-realista (em retrato) mudam a percepção que da imagem.

Andy Warhol trabalha sobre o retrato da estrela do cinema após a sua morte. Testemunhos deste revelam que escolhera Marylin pela sua beleza e pela imagem de marca em que se transformara. Embora alterasse as cores do cabelo, olhos e face é possível identifica-la. Warhol criou centenas de variações desta obra, onde as cores utilizadas eram alteradas. E cada uma delas desperta sentimentos e revela mensagens diferentes para cada um de nós.

No exemplo que aqui analiso consigo verificar que as cores utilizadas intensificam as feições da actriz. O seu cabelo loiro é substituído por um amarelo muito forte, transmitindo a ideia que este seria a sua característica mais identificável. O tom rosa utilizado na cara dá-lhe uma imagem feminina tal como o vermelho dos lábios dá um toque romântico, dois aspectos muito próprios de Marylin. O fundo azul claro, juntamente com o dos olhos, acrescenta uma beleza madura da maquilhagem que adoptava.

No site webexhibits  é possível manipular as várias cores nos parâmetros utilizados pelo autor nesta obra. Desta forma consegue-se melhor perceber a função da cor na percepção da mensagem, neste exemplo específico.

 

 

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4 Comentários:

Anónimo disse...

adoorei td não poderia ser melhor amo!!!!!
jahuahuahauhauh
bjos eu adorei muito

Anónimo disse...

muiito legal suas obras ! sao demais õ/ mesmo nao conhecendo algumas SOASIAPISAPOSIAP =)

Anónimo disse...

ameii a pop arte

Anónimo disse...

AMO MUITO AS SUAS OBRAS E ADORARIA VE-LAS PESSOALMENTE

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